quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ÀS PORTAS DA REGENERAÇÃO



Há um mito (não descobri a veracidade, vale a ideia) de que se um sapo for colocado em recipiente com água em temperatura normal, aquecendo-a lentamente, ele continuará quieto até ser tarde demais para salvar-se; mas, se colocado em água fervente, pulará fora e provavelmente se salvará. O problema do sapo, se o mito for verdade, é que ele não percebe o perigo aumentando, pois acostumou-se ao meio ambiente.

Mas, falemos de nós, humanos...

Na Terra, a cada dia, notamos problemas de todo tipo: flagelos naturais e causados pelos homens, violência, descaso com a vida e a natureza, doenças, síndromes, inversão de valores, drogadição, tráfico, corrupção, guerras entre países, culturas, religiões, filosofias. Como todos os dias vemos tais notícias e fatos, acostumamos com a "normalidade" e achamos que é assim por que tem que ser ou por que é impossível mudar essas situações.

Os que dizem que isso sempre ocorreu estão certos, iludem-se, porém, ao pensar que a gravidade, a quantidade, a celeridade com que têm ocorrido são as mesmas. Rápidas pesquisas a respeito mostrarão a qualquer interessado, a multiplicação de eventos que antes eram, se não esporádicos, ao menos incomuns comparados ao que hoje se vê.

Não há transição de uma fase para outra, antes da fase anterior ser vencida, quitada, resolvida. A humanidade terrena está cozinhando há tanto tempo que a água está prestes a ferver e ainda há quem diga "sempre foi assim".

Não estamos falando especificamente de bons ou maus. Mas, sim, que precisamos parar de responsabilizar Deus pelo que nos cabe realizar. Ele fez leis e as leis agem conforme nosso comportamento. É certo que o tempo do planeta regenerar-se chegou, é certo que os que se encaminham para essa fase, já estão decidindo através de seu comportamento e pensamento renovado ou em renovação que serão a nova humanidade, mas certo também que o passado está nos cobrando e cobrará proporcionalmente à necessidade educativa e transformadora de cada indivíduo, seu tributo de quitação da consciência.

Devemos despertar do desejo de manter o "conforto" de estar na água quase fervida que nos parece morna. E precisamos temer mais o cotidiano como está, do que um eventual banho de água fervendo, que nos queimará um pouco, por certo, mas também nos fará voltar a agir na direção da fraternidade e do bem.

O tempo de regeneração se implantará na Terra por amor de Deus, mas passará antes pela lei de causa e efeito. Quem quer sondar as possibilidades, pense bem que semeaduras a humanidade realizou. Ileso ninguém escapará, mas menos sofrido será para aquele que se atrelar definitivamente e de forma imediata, ao amor.

Otimismo também exige atitude.
O amanhã depende de hoje.


By Vania Mugnato de Vasconcelos


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