A  Doutrina Espírita tem como meta principal a moralização do homem. Sem  isso não haverá paz espiritual, conquistada apenas quando a consciência  não acusa mais dívidas para com as leis de Deus e para com o próximo.
Muitos  chamam a Reforma Íntima de desafio, outros tantos acham que ela  acontece de modo natural, progressivo e sem esforço, outros ainda se  limitam a dizer que não apreciam nem o nome sugestivo que ela possui.  Isso ocorre possivelmente porque não entendem a necessidade do processo  de modificação moral, acreditando que tudo que passa pelo empenho  transformador é complexo e até beira o impossível.
Recentemente um amigo de outra religião afirmou que a salvação só ocorre pela aceitação de  Jesus como Salvador e pelo entendimento  de que a Bíblia é a palavra  direta de Deus. Disse também que é impossível que deixemos de ter  “pecados” por isso, segundo ele, a salvação ocorre sem que haja  transformação, pois necessita apenas de crença. Respeitamos, mas o  pensamento espírita difere disso amplamente.
O  Espiritismo compreende que a salvação ocorre através da renovação  moral, da sublimação dos valores espirituais, da modificação das  imperfeições em virtudes. Nesse sentido é a Reforma Íntima um processo  passo a passo na direção do sucesso da alma.
Para entender o objetivo da Reforma Íntima basta fazer uma simples comparação de ordem material:  um dia alguém olha para sua casa, construída há anos sobre uma sólida  estrutura de fundação. Essa estrutura não será jamais perdida, mas pode  vir a ser ampliada com um novo alicerce; algumas janelas necessitam ser  substituídas por novas e maiores, há uma ou outra parede que  deve ser  derrubada para ampliar o ambiente; mesmo os cômodos que estão bem  dispostos precisam de uma pintura nova, uma revitalização.
O  dono da casa então toma a decisão! Aquele é seu lar, ele ama aquele  ambiente, mas já não atende suas necessidades atuais, precisa  reformá-lo. O desafio do proprietário, portanto, é saber reconhecer o  que é fundação e não pode ser mexido, o que está em ótimo estado, o que  precisa ser recuperado, arejado, substituído. Não é preciso destruir os  alicerces da casa, é preciso reformá-la.
No  campo da moral, ressalvadas as devidas proporções, o esforço e objetivo  se assemelha: a alma tem uma fundação, um baldrame imutável, construído  na sua história desde sua criação, onde se sustentaram as paredes do  conhecimento que foi sendo erguido nas experiências carnais. As  imperfeições, defeitos morais que possui, são as paredes a serem arrancadas,  as janelas que serão substituídas. Os cômodos que não precisam ser  modificados, mas revigorados através de uma pintura, são as virtudes que  devem ser sempre cuidadas para não enfraquecerem.
O  desafio da Reforma Íntima é um só, a persistência. É preciso persistir  em manter a nossa alma em equilíbrio e este somente existe quando há  virtude. Precisamos persistir no exercício da moral elevada, na prática  de todas as ações que são boas, éticas, morais.
Somos os construtores de nós mesmos. Não é possível transferir para terceiros o
cuidado  que devemos ter com a alma. A Reforma Íntima é a mais importante  decisão que podemos tomar para alcançar o bem maior que desejamos  possuir: a própria existência em clima de paz espiritual.
Matéria extraída do site: http://genovaera.webs.com/jornalluzdoespiritismo.htm
Jornal À Luz do Espiritismo - Grupo Espírita Nova Era, Semeando Esperança  
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